´Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele" Lévi Strauss

sábado, 7 de janeiro de 2012

Projeto Horta na Oca






Somos um grupo de voluntários (www.peladignidadehumana.blogspot.com) e estamos com um projeto de criar um pomar e uma horta na reserva indígena Rio Silveira. Existem várias famílias que enfrentam muitas dificuldades materiais, por falta de emprego e condições necessárias para viverem entre os brancos. Crianças e idosos com problemas de desnutrição. Sendo assim, estamos construindo uma grande "horta-mãe", para a produção de alimentos que servirão à tribo e logo que estiver em condições, estará fornecendo sementes e mudas para a criação de novas hortas e assim suprir toda a aldeia.
Para a realização desse projeto, necessitamos de parceiros que contribuam com: sementes e mudas para a horta (verduras e legumes) e para o pomar (árvores frutíferas). Tela metálica para proteção (tela de galinheiro), adubo e afins. Conforme especificado no projeto abaixo.




 *Doações de roupas, calçados, brinquedos, utensílios domésticos, roupas de cama, colchões, etc, também são bem-vindas, visto que as necessidades da aldeia são constantes.








Reserva Rio Silveira:


A Reserva Indígena Guarani do Rio Silveira está localizada na Mata Atlântica e faz divisa com os municípios de Bertioga e São Sebastião. Situada na Região Sul do município no bairro de Boracéia, está  a 60 KM aproximadamente do Centro Histórico de São Sebastião.
Os índios tem como moradia pequenas ocas construídas em pau-a-pique coberta com palha e ou casas construídas com madeira da própria Aldeia, coberta com piaçava. A alvenaria, a madeira e a palha se misturam em sua construção, trazendo características indígenas bastante pronunciadas, e um pouco do conforto ocidental, como banheiros domiciliares para cada oca.
Os índígenas vivem economicamente do cultivo e comércio  de produtos agrícolas como o palmito, a pupunha; plantas ornamentais como orquídeas, bromélias e bastão do imperador e o artesanato indígena que é a base principal de sua atividade. Os produtos comercializados são responsáveis pelo desenvolvimento econômico da comunidade e a renda obtida com o comércio dos produtos, são investidos na complementação da renda das famílias envolvidas na produção. Não há produção de excedentes. Toda caça e doações recebidas, gentilmente são divididas entre todos os membros do grupo em partes iguais.

PROJETO HORTA NA OCA

Motivos e necessidades: 

Como se trata de um aldeia indígena não existe por lá, produção de excedentes, nem cultivo de alimentos que possam suprir as necessidades materiais da tribo. Pensando nessa lacuna, idealizamos um projeto inicial de uma "horta-mãe", onde plantaremos toda a diversidade de hortaliças para a produção de alimentos, assim também como um pomar para consumo interno. Posteriormente, serão retiradas mudas e sementes dessa "horta-mãe" para a  criação de novas hortas ao longo da aldeia para suprir as famílias habitantes.
Nessa horta serão plantadas mudas e semearemos sementes de: tomates, abóboras de vários tipos, quiabo, jiló, chuchu, mandioca, batata, cenoura, rabanete, beterraba, e verduras em geral.
Para o pomar: jaca, manga, abacate, lichia, fruta do conde, ameixa, melancia, maracujá, laranja, limão, tangerina, jabuticaba, pitanga, etc...

Recursos disponíveis:
  • Terreno para horta-mãe 10  X 25 m.
  • mão de obra local (os próprios moradores)

Material necessário:
  • tela metálica (tipo galinheiro) para  proteção
  • estrutura para a sustentação da tela
  • adubo
  • sementes e mudas (hortaliças e frutas)
  • orientação agrária
  • serviço voluntário

Objetivo:
  • Levar a aldeia a produzir  uma horta auto-sustentável, para suprir suas necessidades.

Contato:
Sandra
celular: (011) 8129-1471
email: peladignidadehumana@terapiasecursos.com.br

 Agradecemos a todos que nos visitam!!!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Os Maias - O Paraíso Destruído

A civilização Maia teve um desenvolvimento notável nas Artes, na Religião, na Escrita, na Astronomia, Arquitetura e na Matemática. Tiveram seu auge no período pré-colombiano, conhecendo a decadência após a conquista espanhola.

Logo estarei postando matérias sobre essa civilização fantástica que até hoje sobrevive através da resistência e de seus descendentes!
Sandra

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Antropólogo dos EUA vive entre índios maranhenses há mais de 50 anos

A maior e mais longa pesquisa sobre uma tribo indígena já realizada registrou desde os rituais até o comportamento sexual dos índios canelas.









Um americano, antropólogo, com quase 90 anos, é o responsável pelo maior e mais longo estudo sobre os índios canelas, do Maranhão. Ele registrou mais de 50 anos da vida na aldeia. Até o comportamento sexual dos índios foi pesquisado.
Nos passos da coreografia tribal, um homem branco de 87 anos usa bengala para dançar. Porque o herdeiro de uma das maiores fortunas da Califórnia largou tudo para viver entre os índios do Brasil? “Porque encontrei outra coisa melhor para fazer. Muito melhor. Sempre me dediquei a antropologia. Uma vez que encontrei a antropologia, não tinha outra coisa para fazer”, resume o antropólogo Bill Brocker.
Filho de banqueiro, ele abandonou os negócios da família nos EUA e foi estudar os índios canelas, uma etnia do grupo timbira, que vive na aldeia Escalvado, no município de Fernando Falcão, no centro sul do Maranhão.
Ele é provavelmente também o antropólogo mais idoso do mundo fazendo pesquisa de campo. A foto do índio Francisquinho Tephot foi tirada pelo próprio Bill em 1957, quando esteve no Brasil pela primeira vez. Francisquinho Tephot, que aparece na foto aos 18 anos, nunca tinha vista o um branco antes. Foi da estranheza a uma amizade que já dura 54 anos.
Anfitriões perfeitos, os índios canelas adoram receber. O visitante é adotado por uma família e recebe logo um nome indígena. A família de Bill é a mesma a mais de cinco décadas. A irmã indígena Dominga o recebeu em 1957 e cozinhou para ele.
Bill relata o primeiro almoço na aldeia: “Eu sentei no chão, porque só tinha esteira, mas não tinha colher nem garfo. Eu comi com os dedos, entre eles. Na mesma família”.

Hoje, sentado a mesa, comendo no prato e usando talheres, Bill faz das mudanças culturais da aldeia a base de uma impressionante pesquisa realizada com a ajuda dos índios.
Bill pediu a eles que escrevessem diários, que registrassem o que acontecia em volta. Os diários começaram 1964. “Comecei a escrever as coisas, tudo que passa pelo pátio, organização lá dentro da aldeia”, conta um índio. E continuam a ser feitos ate hoje.